Estas situações são condicionantes de quem vive sobre o planeta e até hoje não foi encontrada forma eficiente de as prever e nenhuma de as evitar.
Poderia com isto parecer que o número de vítimas hoje na Itália, como no passado no Haiti, na Indonésia entre outros, são inevitabilidades e forças de um destino implacável. Não são!
Nos locais mais atreitos a estas situações impunha-se que os municípios imposessem normas de construção e reabilitação muito severas e que a fiscalização da utilização dos materiais fosse muito estrita. Contrariando aqueles que vivem dizendo que os regulamentos são uma restrição à liberdade, é necessário que se diga que estes só limitam a liberdade dos lucros impedindo todos os desmandos do capital, para o qual a vida humana não vale mais que qualquer ganho adicional nas suas contas bancárias.
Foi o laxismo promovido muitas das vezes pelos executivos abertamente de direita, ou social-democratas, a este respeito durante anos que permitiu à alguns anos atrás o desastre de Áquila, do qual poucas ou nenhumas ilações parecem ter tirado as elites dirigentes italianas mais interessadas em agradar aos negócios do que em tomar a defesa da vida e dos interesses das populações. Espantoso é que estas populações, vítimas directas destes procedimentos, rapidamente se esqueçam dos causadores do seu infortúnio e se deixem envolver na ladaínha da inevitabilidade dos desastres naturais .
Com efeito o chão se mova, não podemos evitar! Mas que fiquemos debaixo dos escombros, isso sim podemos evitar.
Já agora, por mera curiosidade maliciosa, como seria se tivesse sido cá pelas nossas bandas?
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