sábado, 20 de agosto de 2016

Foram-se os bandos de chacais


Chegou-me hoje ao conhecimento uma notícia deveras interessante. É ao mesmo tempo uma tragédia é um exemplo acabado do que são os meios de comunicação nesta coisa que alguém por maldade, interesse ou mera estupidez, chamou um dia de "Mundo Livre".
A informação de que o Tribunal De Haia considerou na sua sentença sobre os crimes de Guerra na antiga Jugoslávia Slobodan Milosevic inocente, não será divulgada em nenhuma parangona, não terá nenhuma chamada de primeira página, e será com muita sorte que sairá sequer uma breve sobre o tema.
Diga-se de passagem o Tribunal Penal Internacional não fez rigorosamente nada pela divulgação da sentença. Sentença essa que não só não era a esperada como não era a desejada pelos poderes que dirigem a mão deste "tribunal", mais conhecido pelas suas orientações ideológicas do que pelo seu rigor legal e justiça.
Todas as calúnias e vilipêndios que sobre o dirigente Jugoslávo e Sérvio volsaram os meios de comunicação, pelo meio do seu emaranhado rigor jornalístico e isenção, contrariamente à sentença permanecem, sendo citados de tempos a tempos.
Com efeito mais uma vez nos vêm à memória as palavras de António Vieira: "Não vale a verdade a um inocente o que vale a mentira a mil culpados", e não conhecia ele os meios de difusão da actualidade... Que diria ele se os conhecesse?
Mentiras como estas conhecemos de sobra, sabemos como são elaboradas, muitas das vezes onde é até por quem. Mas até agora ninguém foi ainda responsabilizado alguma vez por elas. Não o foram em relação ao Chade, à Líbia, às armas de destruição maciça no Iraque, como continuam sendo em relação à Síria - onde agora vêm farisaicamente falar das prisões e dos mortos, quando há muito mais tempo se passam crimes de igual ou maior dimensão nas prisões marroquinas, dentro e fora do Sahara Ocidental ocupado, em relação à Crimeia, aos Resistentes do Dombass, etc.
Para procurar dar credibilidade à mentira, que em relação à Sérvia levou aos bombardeamentos e à invenção de um novo país, que nunca o foi e cuja identidade provinha de uma maioria imigrante - o Kosovo - cá se presta ao trabalho o TPI que, neste caso, por muito que procurasse nada encontrou que transformasse Milosevic no ditador sanguinário que pintaram, mas pelo contrário num homem preocupado e defensor dos direitos das minorias.
Qual o próximo passo? Se o tribunal não mata bem, a lei matemos também? 

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