sexta-feira, 12 de agosto de 2016

A Química da Guerra


Detesto ter que voltar a Alepo tão depressa. Acontece que a aleivosia do que é apresentado como notícia a isso obriga.
Os jihadistas nas suas várias facetas e apesar do respaldo dado pelos meios de comunicação ocidentais, não conseguiram nada, nem do anunciado nem do por anunciar - aliás isso mesmo já ficou patente nos jornais e televisões - agora pede-se ao Governo Sírio uma trégua de 24 a 48 para ajudar as populações, curiosamente ninguém o pediu quando eram os civis nas zonas governamentais a sofrer um cerco aqui à uns dois anos, e se os então chamados "rebeldes" ofereciam três horas já era demais. Pois agora parece que as horas encolheram e três já nem chegam para nada. Seguramente para rearmar e municiar estas forças é que seguramente não chegam.
Por outro lado reapareceram as acusações de utilização de armas químicas, atribuindo-se as culpas a... Claro as forças do Governo Sírio. Mas não deixa de ser curioso.... O Governo Sírio procedeu à colocação dos seus arsenais químicos sob o controlo das  Nações Unidas para destruição e desmontagem dos seus laboratórios. Isto foi feito sobre a égide da ONU e com verificação de peritos internacionais, peritos esses que declararam no final que a Síria tinha deixado de possuir armas químicas ou potencial para a sua produção. Isto não foi uma opinião foi  uma declaração oficial da ONU. Como é que agora, pela mão de elementos ligados no terreno aos "rebeldes" e do Observatório Sírio dos Direitos Humanos - um grupo ligado a estes interesses sedeado em Londres e que em toda esta história nem sequer pretendeu esconder a sua parcialidade - se dá crédito a este tipo de acusações, sabendo-se, o que é ainda mais grave, que os únicos laboratórios não inspeccionados e destruídos foram os UE estavam em poder destes "rebeldes"?
Já antes, em relação ao Iraque de Sadam Hussein assistimos ao espalhar de mentiras e acusações sobre armas de destruição maciça que nunca existiram. Donde a receita para obter reacções  pode ser da química da guerra, mas era já tempo de estar sem força, e totalmente desacreditada. 

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