sábado, 19 de setembro de 2020

A mentira campeia. É descoberta... não faz mal!

Quem lêu o artigo do Público sobre a Bolívia ficou totalmente elucidado sobre o golpe que se deu lugar com o apadrinhamento dos EUA e a aquiescência da União Europeia.
Vir escrito preto no branco que os especialistas indicam não haver indício de qualquer fraude na vifória de Evo Morales, contrariamente ao que foi afirmado pela Organização de Estados Americanos, mostra bem o nível de credibilidade desta organização. Aliás esta organização não é a primeira vez que esconde situações de fraudes flagrantes e acusa de fraude situações de que nunca houve qualquer prova.
A OEA não é uma organização séria. É uma organização destinada a impôr os governos que são do interesse do capital e das elites.
As acusações então feitas mereceram dos "campeões da democracia" no mínimo uma aceitação, quando não mesmo um apoio, e aceitaram-se sem pestanejar "autoridades" que careciam de qualquer legitimidade de que espécie fosse.
Contrariamente, na Venezuela, onde houve a defesa eficaz dos resultados eleitorais da Assmbleia Constituinte, rapidamente a OEA, os EUA, e a União Europeia - com Portugal a fazer papel de cão de fila de linha da frente, outorgaram um reconhecimento a elementos golpistas e hoje fazem-se eco de toda a sorte de mentiras tais como os atropelos de direitos humanos que, curiosamente acontecem com assassinatos públicos de dirigentes e sindicalistas mesmo ali ao lado na Colômbia há anos a fio sem que uma só "alma caridosa" se tivesse preocupado com as vítimas nem lhes fosse reconhecido qualquer direito humano - certas vitimas não têm essas prorrogativas, basta que se oponham aos interesses.
Mas o caminho das mentiras vai seguindo. A dita "presidente interina", culpada sem vergonha, dos maiores atropelos aos direitos humanos dos socialistas bolivianos, recebe do mesmo jornal uma apreciação positiva pelo facto de tentar unir as forças mais reaccionárias do país desistindo da sua candidatura a favor de outro direitista, mostrando bem o quanto este jornal se importa com os " direitos humanos" daqueles que veem sofrendo as torturas, agressões, e outras agruras às mãos destas "autoridades" reconhecidas. Esses direitos para eles não existem.
É altura dos povos começarem a ver o jaez destas pessoas, começando no nosso país pelos meios de comunicação social, os seus comentadores, o sem esquecer o nosso ministro do negócios estrangeiros, o primeiro pronto a alinhar com o que de pior há e se faz contra os direitos dos povos. A mentira campeia.. E se descoberta não faz mal. Importa é que sirva o objectivo de continuar a oprimir e explorar os povos impedindo a sua libertação e a sua dignidade.

segunda-feira, 10 de agosto de 2020

Oh Marques Mentes!


Não se desconhece que o ódio que a direita nutre pela Festa do Avante a leve a deitar mão a todo o tipo de argumentos. Nem se estranha que recorra a insinuações e manipulação para atingir os seus objectivos. Porém para tudo há limite.
Quando os seus porta vozes nos meios de comunicação entram pelo campo da mentira descarada aí estamos num novo patamar de vale tudo.
É MENTIRA que o PCP tenha gozado de alguma forma de favor perante a lei. É FALSO que a DGS tenha proibido os festivais de verão. Mas mesmo que o tivesse feito a Festa do Avante não só não é um festival de verão como não é por esse motivo que estes "comentadores" da direita a desejariam cancelada.
Nas suas directivas a DGS indicou uma série de medidas que esses festivais teriam de adoptar para se poderem realizar. NÃO PROIBIU realização de nenhum festival.
As organizações destes festivais indicaram à DGS que não tinham condições logísticas e financeiras para fazer face às medidas indicadas e que, portanto, cancelariam os eventos.
A Festa do Avante não é, repito, um festival de verão mas, ainda assim foi colocada perante as mesmissimas restrições dos festivais de verão. Com a diferênça que o PCP respondeu à DGS que tinha condições quer de organização quer financeiras para IMPLEMENTAR TODAS AS MEDIDAS IMPOSTAS PELA DGS PARA A REALIZAÇÃO DA FESTA. E é por este motivo que a Festa do Avante se realiza e os festivais não. Não há favores nem leis diferentes. Há de um lado o desinteresse pela falta do lucro e do outro a consciência que a mensagem da Festa é muito mais importante que qualquer lucro.
Por outro lado é utilizado o argumento que o PCP irá colocar no espaço 100 mil pessoas. De novo FALSO! Na conferência de imprensa promovida pela organização da Festa do Avante, nem o Alexandre Araújo nem a Madalena Santos disseram tal coisa em nenhum momento. O que o Alexandre Araújo disse, de facto, foi que o tamanho do recinto foi aumentado, que em anos anteriores chegou a haver 100 mil pessoas, que o PCP mantém um controlo das Entradas vendidas, que não alterou a capacidade de entradas, mas que, a qualquer momento, dependendo da evolução da situação pode suspender a venda de mais entradas. Pretender com isto dizer que vão estar 100 mil pessoas no mesmo momento na Festa é de um DESCARAMENTO atroz.
Sr. Mendes, Sr. Sousa Tavares, que a raiva que os consome é sobejamente conhecida não tenho qualquer dúvida. Que usem de todo o tipo de argumentos para a expressar também não. Mas que aproveitem da diferente capacidade de difisão para espalhar as mentiras mais decabeladas sobre a organização da Festa do Avante, sabendo que o contraditório que facilmente as desmonta é profundanente silenciado e aproveitarem-se conscientemente disso é não só indigno como é velhaco e deixa à mostra o vosso jaez e de quantos espalham as mentiras sabendo que o são.
A Festa do Avante irá realizar-se dentro da lei, mesmo sendo a aplicável aos festivais de verão, e com a garantida observância de todas as normas importas pela DGS.
Quanto à mentira e ao boato sabemos que são a arma da reacção e é necessário esmagá-los como serpentes venenosas que são.

terça-feira, 4 de agosto de 2020

A segunda noite de Varennes

fonte: alamy.com

Para aqueles que entendem que a história se repete (independentemente de tragédia ou farsa) a fuga de Juan Carlos não deixa de ter uma certa semelhança com a fuga de Luis XVI, procurando alcançar território austríaco e escapar assim ao julgamento dos seus concidadãos, no decorrer do processo revolucionário francês de então.
Já houve quem fizesse o paralelo com Afonso XIII em 1931 mas, apesar do straperlo, não creio que Afonso tivesse grandes motivos de receio do sistema judicial a menos que se procedesse a um julgamento político - que podia ocorrer - que não era de grande probabilidade.
Já houve muitos reis em fuga diante da turba por várias razões, e por vezes até reis que hoje ninguém se lembra que o fizeram, nomeadamente da tão incensada monarquia britânica diante do levantamento jacobita. Porém a família Bourbon parece especialmente apetente para fugas atabalhoadas para evitar enfrentar a multidão.
Com o mar de escândalos financeiros que abalam a impoluta coroa espanhola, que só o era por impossibilidade de se fiscalizar as actividades criminais do rei - uma espécie de criminoso autorizado - a sua abdicação foi pior que o soneto, pois que ao deixar de ser intocável todo o podre veio ao de cima, e podia ter permanecido intocável toda a vida.
Assim deixou a uma personagem, aparentemente mais limpa, cargo e agora país. Mas há uma coisa que não pôde evitar, que o nome de Filipe aparecesse em origem, co-gestão e beneficiário de umas fundações de objecto duvidoso e que eram criadas e desapareciam ao sabor de lucrativas transacções.
É claro que não pode investigado o papel do presente rei em toda esta mixórdia, e se nunca abdicar, ou se não for sensatamente abolida a instituição que tal permite, a extensão do seu conhecimento e participação poderá só vir a ser conhecido muito depois de ser já pó, mas que se percebe que sabia disso nenhuma dúvida resta.
Com o seu momento Varennes, este Bórbon (só muda a grafia), pensou ter salvo a sua cabeça (no sentido figurado) e a coroa. Cabe aos povos de Espanha mostrar que assim não é, que se exigem respostas e que sejam todas as respostas. E que não possa hver gente acima da lei por mais que deus lhes tenha concedido graças.

sexta-feira, 6 de março de 2020

99º Aniversário do PCP

A *6 de Março de 1921*, na sede da Associação dos Empregados de Escritório, em Lisboa, realiza-se a Assembleia que elege a direcção do PCP. *Estava fundado o Partido Comunista Português*. Nele confluem décadas de sofrimento e luta da classe operária portuguesa, as lições das grandes vitórias da classe operária internacional, os ensinamentos de Marx, Engels e Lénine. Com a fundação do PCP a classe operária portuguesa encontra a sua firme e segura vanguarda.
_Como nasceu o ☭PCP_ 👉 www.pcp.pt/node/284539

📣 *Comício do 99.º Aniversário do ☭PCP*
6 de Março | 21h | Pav. Carlos Lopes (Lisboa)
*Participa!* ✊