segunda-feira, 18 de julho de 2016

Ok! Eu sou um coelho!


Há anos atrás li uma anedota que versava sobre a eficiência policial. Rezava a mesma que três forças policiais de diferentes países eram enviadas para a floresta em busca de um coelho. As primeiras duas por diferentes métodos traziam o coelho. A terceira após algumas horas traz um ouriço todo ensanguentado a gritar: "Ok, Ok eu confesso... Eu sou um coelho! Eu sou um coelho!"
Isto a propósito da confissão do General Ozturk a propósito da autoria do "golpe de Estado" na Turquia. Após ter negado duas vezes qualquer envolvimento no planeamento ou acção, bastou ser preso (e filmado ensanguentado) para o General confessar a sua autoria máxima.
Não tendo simpatia nenhuma pelas forças armadas turcas, especialmente pelos péssimos exemplos que foram dando ao longo dos anos, não posso deixar de estranhar esta confissão sob tratos de polé, especialmente num Golpe de Estado que acima de tudo parece ter caído no prato das "vítimas" como mel na sopa.
Aquilo que Erdogan não foi capaz de fazer com as eleições legislativas, nem com as legislativas antecipadas, que era poder rever a constituição e aumentar o seu poder, parece ter todas as condições de o fazer agora, depois de ter suspendido a maior parte do poder judicial e as chefias das forças armadas após o golpe. Estranho só terem-se deixado apanhar assim, especialmente após o falhanço. Assim como estranho o tão célere apelo à reposição da pena de morte. Se calhar evitam-se com isto muitas chatices....Afinal....os mortos não falam. 

Os camaradas do Partido Comunista Turco têm uma análise algo diferente , mas que não deixarei de partilhar.

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