Quando o PCP isoladamente afirmou que era necessária a restruturação da dívida nos seus montantes, nos seus prazos e nos seus juros, uns nada disseram e outros alardeando uma seriedade maior afirmaram que éramos um devedor honrado e por isso pagávamos as nossas dívidas.
Esta moral de sacristia iludia que o que nos era exigido era muitíssimo superior a qualquer dinheiro entrado - e diga-se via bancos privados - e servia para cobrir também a imensa dívida da banca privada transformada em pública.
Iludia também, com uma falsa capa de honradez, que aquilo que o PCP pedia era até bastante modesto, nem era repudiar a dívida, nem era evitar enfrentá-la, era apenas renegociar prazos, juros e juntar isso a uma análise da mesma que determinasse aquilo que de facto podia ser atribuído à acção do estado português... Nada de extraordinário, e que aparentemente a própria Troika chega à mesma conclusão passado anos.
Pelo meio não se pode deixar de denunciar o oportunismo de vir afirmar hoje o que se negou ontem e, acima de tudo de passar a certidão de alimária aos nossos governantes, que demonstraram diferir muito pouco das desgraçadas criaturas a empurrar a nora, com a mais que evidente superioridade das segundas que o não fazem de vontade própria.
Sem comentários:
Enviar um comentário