quarta-feira, 22 de abril de 2009

Tot libre és una eina de libertat


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Há dias para tudo, só nos últimos dias tivemos o Dia da Terra, que me diz muito quer em termos do que representa na luta das populações por uma qualidade de vida digna, quer no que representa no colocar das questões da exploração de recursos nos devidos lugares. Uma e outra mostram claramente que sem uma alteração de sistema não será possível corrigir as contradições entre a utilização de recursos para satisfazer necessidades e a sua mercantilização e apropriação comercial, bem como a sua transformação fazendo recair as externalidades sobre os utilizadores do produto final.
Isto que vem sendo apontado como principios de poluidor-pagador, não é de facto assim. Com efeito quem se apropria do custo da reposição do meio não é o utilizador, e portanto não é este também o poluidor. O poluidor encontra-se naquele que obtêm os lucros da transformação, apropriando-se quer das mais valias sociais (as chamadas externalidades sociais), quer das mais valias naturais (as chamadas externalidades ambientais), é sobre este agente, e sobre o que posteriormente comercia o produto ganhando na expeculação, que devem recair os custos de reposição da situação pristina, no que pode ser reposta. É este o poluidor que deve e tem de pagar, e portanto é este o princípio do Poluidor-pagador que tem de ser seguido.
Mas embora os temas se interliguem, a data que referiria hoje, é a data do Dia mundial do Livro, que começou a ser celebrado na Catalunha e foi posteriormente alargando-se das fronteiras deste país para o resto do Mundo (a referência à Catalunha como país não é um equívoco, é intencional).
O livro, pese embora o que representa em termos de sacrifício de elementos naturais para a sua elaboração, é peça fundamental na passagem de conhecimento e testemunho, de opiniões e propostas, e portanto a sua celebração é a celebração da própria capacidade criadora do género humano.
Numa época que passou de um hedonismo desmedido, para uma depressão de limites ainda sob grande incógnita, o livro subsiste como um valor em si mesmo e como elemento de ligação fundamental entre os vários povos e as diversas gerações. O acesso à leitura, ao conhecimento de uma lingua escrita faz-se, ainda hoje, antes de tudo pelo livro, e não é raro assistir-se à passagem de crónicas em jornais e revistas, e até mesmo crónicas na chamada blogosfera (ou twitosfera ou outra esfera qualquer virtual, mas de nome muito feio) para o livro, de forma a garantir a sua perenidade.
Hoje os hábitos, a necessidade, ou a procura da leitura estão bastante degradados, por isso um dia que seja dedicado ao livro é sempre uma necessidade. Voltemos aos autores que já lemos, descrubramos um autor e uma literatura desconhecida. Tot libre és una eina de libertat (Cat - todo o livro é uma ferramenta de liberdade)

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