De novo 25, de novo à Rua, de novo eu grito. Grito para fazer notar que há injustiça, desemprego, falta de condições e direitos, de habitação, de saúde, de educação, de cultura, de ambiente. Grito porque há discriminação e os direitos de igualdade entre todos os cidadãos são letra morta, quando os imigrantes se sentem descriminados, quando os ciganos se sentem descriminados, quando os negros se sentem descriminados, alimentando todos eles ciclos de desespero e violência. Quando as mulheres do meu país recebem menos por igual trabalho, têm funções de emprego e de empregadas em casa, quando para elas a realização pessoal está ainda aquem dos seus sonhos, eu Grito. Grito porque há gente sem casas, casas sem condições, condições em casas de ninguém, tenho de gritar assim também. Grito, grito pela água que bebo, pelo ar que respiro, pelo solo onde ando, todos eles vitimas da ganância de uns quantos, grito. Grito e gritarei sempre por todos aqueles que não gritam, por todos os que se esqueceram de lutar, por todos aqueles que a inércia do dia a dia embota os sentidos, os tolhe e impede de batalhar.
Amanhã é 25, Dia de festa e luta, por aquilo que se conquistou, por aquilo que há ainda a conquistar, pelo Mundo que existe a transformar, estarei por isso eu na Avenida a lutar, pelo seu nome, por uma Liberdade de verdade que há de um dia chegar.
Abril de Novo estou contigo.
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