terça-feira, 14 de abril de 2009

Soeiro - 100 anos



Foi mais do que um escritor, não lhe bastou escrever, descrever, contar o que a experiência de vida e observação do mundo lhe permitiu. A acção, nos movimentos associativos, nas relações sociais, nas actividades desportivas, e como militante comunista, fizeram deste homem um daqueles que não baixou os braços, que lutou na transformação da realidade e da vida, deixando neste conjunto que tem de ser considerado a sua obra, uma marca no futuro do nosso país, do nosso povo, na História e nos povos.
Lembrarmos esta acção em todos os aspectos, é uma forma de homenagearmos os os personagens dos Esteiros, da Engrenagem, em todos os aspectos da sua grandeza e da sua miséria, das suas forças e das suas fraquezas, é celebrarmos o homem como ser social em luta pelo direito à dignidade ao futuro.
É celebrarmos a sua acção colectiva enquanto militante e dirigente do PCP, na sua acção, em proximidade dos que trabalham, dos que procuram respostas, dos que lutam por um mundo sem exploração do homem pelo homem, da Cidade não do lobo mas do irmão.
Não é possível separar em Soeiro Pereira Gomes, assim como não é possível pra muitos outros, separar as várias facetas da sua obra, enquanto escrita e enquanto acção na vida, pois ambas são facetas de uma mesma realidade de sacrifício pela melhoria das condições de vida e trabalho, do nosso povo.
Todos, militantes conhecidos, ou anónimos, dirigentes ou militantes da base, funcionários ou activistas, todos por igual são, de alguma forma ou outra Soeiros Pereiras Gomes. No trabalho que desenvolvem, nas associações e colectividades em que se organizam, nas obras que realizam, todos transportamos conosco a faísca desse entrega, dessa luta, desse sonho que vamos construindo e tornando realidade.

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