terça-feira, 23 de setembro de 2014

Leis inglesas para corporações estrangeiras

Já havia feito a reflexão de todas as ameaças e advertências mais ou menos agressivas que diversas empresas e bancos haviam feito ao povo escocês se este optasse pela independência.
Agora mais achas vêm à fogueira à medida que o assunto vai desaparecendo dos meios de comunicação. 
Os promitentes devolutores de poderes incumpriram já a promessa de uma sessão parlamentar dia 19 de Setembro para anunciar a devolução de poderes. Em lugar disso envolveram-se na questiúncula de fórmulas parlamentares que supostamente serviriam para não provocar desigualdades assimétricas de Escócia em relação à Inglaterra, Irlanda (apenas o norte) e País de Gales, quando na realidade a Inglaterra representa 89 por cento da população e, atente-se, nunca isto levantou problemas ao parlamento britânico de legislar para as restantes nações e, atente-se também, sempre em desfavor destas.
Mas ainda que fosse o caso, o parlamento britânico manteria a prorrogativa de legislar em assuntos económicos, donde as leis a que submetem as empresas multinacionais nas quais se inserem as que se dispunham a fugir da Escócia e se comportaram como caciques a fim de obter "democraticamente" o resultado a que almejavam.
As leis a que ficam ou ficaram então sujeitas são aquelas que foram determinadas de uma forma esmagadora por deputados ingleses e às quais nenhuma oposição das outras partes se poderia considerar eficiente. Leis Britânicas, leia-se Inglesas, para empresas transacionais mesmo se de sede Escocesa.
O resultado do referendo é então o que mais conveio ao capital, e este exulta, resta saber é até quando os povos por medo e incerteza vão fazer o jogo deste.

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