sexta-feira, 22 de maio de 2009

Tanto para dizer

in Jornal do STAL

Das coisas as que vão passando, no país e fora dele, tanto haveria para dizer. Li nm jornal elogios ao sistema britânico sobre os casos dos usos dos dinheiros públicos. Ambos fazendo referência a que foram descobertos raças à fiscalização pública das contas, mas esquecendo de dizer que ao fim de uns 400 anos o que é estranho é não serem fisalizadas à mais tempo no âmbito do domínio público. 400 anos é tempo mais do que suficiente para fortunas serem feitas e desfeitas, que tenham sido compradas ou edificadas casas, jardins ou a comida dos animaizinhos, que twnham sido trocadas milhares de lampadas, queimadores de gás ou simplesmente velas. Não, o que este caso mostrou é que a corrupção, contráriamente ao que nos queriam fazer crer, não é endémica aos países do sul, nem a ética protestante está imune a ela. O que nos mostrou é que onde quer que haja poder e privilégio aí está uma porta de entrada para a corrupção, quer para a manutenção, quer para o acesso a esse poder e priviléio, que vêm associado à posse, não de terra como no feudalismo mas de capital. A austeridade de modos associada à ética protestante apenas tornava essa corrupção menos visível. Donde não é o parlamentarismo e a democracia representativa, onde o representante aje como se fosse o poder e não apenas o fiel depositário de um poder de soberania popular (e no caso das monarquias nem isso).
quem faz a defesa desta situação apontando virtudes que o sistema não tem sabe que está a esquecer estes dados e sabe que não é inocentemente que o faz, mas com intuito de disfarçar a situação e de dizer que se seguirmos este modelo teremos controlo sobre os gastos de deputados e ministros. Agora! depois de 400 anos. O que sinifica que os outros Parlamentos inda vão ter muito e bom tempo de impunidade. Pergunto-me o que teria acontecido se o escrutínio popular tivesse chegado às contas no século XIX ou na primeira metade do 20? Quantos sólidos gigantes do parlamentarismo britânico não se teriam estatelado no chão.
A democracia no País Basco continua. Uma das listas concorrentes ao Parlamento Europeu foi afastada por ter principios independentistas. Estranha democracia esta m que só se podem ter ideias gratas ao governo do Estado. Foi com estas manipulações que colocaram no governo Basco quem quiseram, à revelia da vontade dos cidadãos e é assim também que pretendem impor a sua vontade. Asssim e aliando-se à direita mais revanchista e franquista corporizada pelo PP. Largo Caballero teria seguramente vergonha destes socialistas.
Por isso a luta na UE não é so por questões de dinheiros, nem mesmo só pelas directivas, ainda que estas tenham uma importância fundamental, é por uma ideia de liberdade e de capacidade de intervenção dos povos na política; É contra sistemas que geram e gerem a corrupção com vista à eternização do status quo; É por uma Europa em que as escolhas dos povos sejam efectivamente e nõ apenas formalmente respeitadas e que democracia signifique de facto a vontade do povo; É para que não se trapacem eleições aplicando interdições que tem tanto de injustas como de potencial de violência futura.
Asim são necessárias respostas realmente de esquerda que imponham limites aos serventuários do regime. As urnas não são a revolução, mas o caminho desta pode também passar por aí. Não as desprezemos.

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