Este artigo foi escrito para o Registo, que não o publicou.... Porque seria???
Lendo um comentário de um jornal, no fim-de-semana transacto, encontrei uma informação assaz curiosa. Dava a boa nova o tal comentário que a Sonae vai submeter os seus gestores ao “juramento ético” da Young Leaders International.
Confesso que não conheço este juramento, mas confesso também que nem sequer tenho grande curiosidade em conhecê-lo. E não tenho grande interesse em conhecê-lo porque, conforme reza o Manifesto da Global Economic Ethic, que está na base deste juramento, a dignidade humana é o princípio ético base deste Manifesto, ora para se respeitar tal juramento é necessário que a dignidade humana seja respeitada.
O grande patrão da Sonae afirmou, no passado ano de 2009, que: "não há emprego para quem quer estar a passar os fins-de-semana com os pés na água". Ou seja quem se acha com direito a gozar um direito, pelo qual se lutou durante anos em todo Mundo, e que foi consagrado no longínquo ano de 1975: A semana-inglesa, não tem direito a emprego segundo a cartilha deste senhor.
Mais, achar que se deve acompanhar a sua família depois de uma semana de trabalho, seguir o crescimento dos seus filhos, cuidar da sua casa, ler, ouvir música, ir a um espectáculo, cinema, teatro ou museu, é para o dono da Sonae uma situação bizarra ao sábado "quando há tanta gente a querer qualquer emprego".
Donde se depreende que no seu entendimento o trabalho não é a forma com que o trabalhador ganha o suficiente para se manter a si e aos seus, para gozar o seu lazer, por outras palavras para viver com algum conforto e dignidade, mas sim uma actividade pelo qual deve ter as menores contrapartidas possíveis e que o forcem a aceitar qualquer condição, função ou horário, que lhe permita apenas sobreviver.
Estas palavras e ideias são absolutamente desumanas e contrárias aos princípios éticos que esta empresa se propõe a adoptar, daí é claro que não há qualquer seriedade nestas medidas, e que não são mais que uma nova tentativa de convencer que se está a fomentar a sujeição da economia às necessidades humanas.
A ética das empresas capitalistas é maximizar lucros, e não há Manifesto ou Juramento que altere isso, porque após as palavras existem os actos, e os actos vão sistematicamente no sentido da diminuição de direitos e regalias, a que os patrões chamam privilégios.
Não estou em crer no entanto que seja moda, ou que seja uma decisão tomada para “parecer bem”. Estou certo que, como rezava a crónica, se trata de um sinal aos seus colegas, um sinal que é necessário parecer que se muda para que se permaneça igual. Ou então no conceito de Humanidade destes senhores não cabem os Trabalhadores... Resta saber se por seu lado eles alguma vez couberam no conceito.
Confesso que não conheço este juramento, mas confesso também que nem sequer tenho grande curiosidade em conhecê-lo. E não tenho grande interesse em conhecê-lo porque, conforme reza o Manifesto da Global Economic Ethic, que está na base deste juramento, a dignidade humana é o princípio ético base deste Manifesto, ora para se respeitar tal juramento é necessário que a dignidade humana seja respeitada.
O grande patrão da Sonae afirmou, no passado ano de 2009, que: "não há emprego para quem quer estar a passar os fins-de-semana com os pés na água". Ou seja quem se acha com direito a gozar um direito, pelo qual se lutou durante anos em todo Mundo, e que foi consagrado no longínquo ano de 1975: A semana-inglesa, não tem direito a emprego segundo a cartilha deste senhor.
Mais, achar que se deve acompanhar a sua família depois de uma semana de trabalho, seguir o crescimento dos seus filhos, cuidar da sua casa, ler, ouvir música, ir a um espectáculo, cinema, teatro ou museu, é para o dono da Sonae uma situação bizarra ao sábado "quando há tanta gente a querer qualquer emprego".
Donde se depreende que no seu entendimento o trabalho não é a forma com que o trabalhador ganha o suficiente para se manter a si e aos seus, para gozar o seu lazer, por outras palavras para viver com algum conforto e dignidade, mas sim uma actividade pelo qual deve ter as menores contrapartidas possíveis e que o forcem a aceitar qualquer condição, função ou horário, que lhe permita apenas sobreviver.
Estas palavras e ideias são absolutamente desumanas e contrárias aos princípios éticos que esta empresa se propõe a adoptar, daí é claro que não há qualquer seriedade nestas medidas, e que não são mais que uma nova tentativa de convencer que se está a fomentar a sujeição da economia às necessidades humanas.
A ética das empresas capitalistas é maximizar lucros, e não há Manifesto ou Juramento que altere isso, porque após as palavras existem os actos, e os actos vão sistematicamente no sentido da diminuição de direitos e regalias, a que os patrões chamam privilégios.
Não estou em crer no entanto que seja moda, ou que seja uma decisão tomada para “parecer bem”. Estou certo que, como rezava a crónica, se trata de um sinal aos seus colegas, um sinal que é necessário parecer que se muda para que se permaneça igual. Ou então no conceito de Humanidade destes senhores não cabem os Trabalhadores... Resta saber se por seu lado eles alguma vez couberam no conceito.
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