domingo, 21 de fevereiro de 2010

Ao mesmo inimigo, o mesmo combate


Foto do KKE

Ninguém tem dúvidas que o Capitalismo monopolista e as classes dominantes, que nele se apoiam, e que são a sua expressão social, tem o mesmo objectivo de apropriação do capital, dos recursos e dos meios de produção em todo o lado.
Na situação de crise actual a realização desse objectivo passa pela diminuição de direitos e regalias sociais de trabalhadores e pensionistas, sob o disfarce de que temos de fazer sacrifícios para acabar com a crise. A realidade é que há medida que o seu sistema financeiro se torna de dia para dia um sorvedouro maior, e em que os próprios economistas norte-americanos reconhecem que uma vez acabados os efeitos dos milhares de milhões de dólares e euros injectados no sistema a crise se fará sentir com força redobrada, as tentativas na União Europeia de diminuir salários, pensões, de cortar nos serviços públicos de saúde e de ensino, colocando o pouco que restava do estado nas mãos de privados, vai fazendo o seu caminho sob pressões e ameaças de catastrofes.
A Grecia é apenas o balão de ensaio de políticas que procuram atingir os trabalhadores em todo o continente em nome de um fim da crise que nunca será para esses mesmos trabalhadores. Hoje o povo Grego luta, mas a sua luta é de todos nós.
Compartilho convosco a declaração conjunta dos Partidos Comunistas Irlandês e Britânico, em solidariedade com os trabalhadores Gregos.
Boa leitura

Solidariedade com a classe trabalhadora Grega
Declaração conjunta
Partido Comunista da Irlanda
Partido Comunista da Grã-Bretanha
18 de Fevereiro de 2010
O Partido Comunista da Irlanda e o partido Comunista da Grã-Bretanha expressam a sua solidariedade para com a classe trabalhadora Grega, o PAME (Frente Militante de todos os trabalhadores) e o Partido Comunista Grego, na sua luta para defender as conquistas sociais e económicas dos trabalhadores Gregos.
A classe trabalhadora Grega encontra-se agora na linha da frente da luta de resistência às políticas anti-populares, ditadas pela União Europeia, impostas pelo governo do PASOK e apoiadas pela Nova Democracia e todos os sectores da burguesia Grega, unidos para fazer o povo pagar pela crise do sistema.
Condenamos o terror e a pressão levados a cabo pelo PASOK e da União Europeia e suas instituições na sua tentativa de impor cortes violentos na despesa pública, forçando ao corte de milhares de empregos no sector público e exigindo cortes na segurança social, e nos direitos dos pensionistas. Rejeitamos o conceito de “responsabilidade partilhada” pela crise e pela recuperação apresentadas pela União Europeia e pelos governos de todos os estados membros, bem como pelas suas vozes nos meios de comunicação social.
Os trabalhadores irlandeses experimentaram um terrorismo e pressão similares por parte da União Europeia, ambos durante o segundo referendo ao Tratado de Lisboa e suas exigências de imposição de cortes maciços na despesa pública no último orçamento apresentado pelo governo Irlandês. Os trabalhadores britânicos enfrentarão também perspectivas de cortes variáveis na despesa pública e possíveis cortes nos salários.
A União Europeia tenta resolver a crise do capitalismo monopolista no interesse dos monopólios, atacando os direitos e condições de trabalho. O papel que a União Europeia desempenha confirma o nosso ponto de vista que este bloco e suas instituições são antidemocráticas, anti-trabalhadores e anti-povo.
Apelamos aos sindicatos Irlandeses e Britânicos e a todas as forças progressistas a expressar a sua solidariedade para com a classe trabalhadora Grega neste momento crucial com mensagens de apoio e outros actos de solidariedade. A luta do povo Grego na defesa das suas conquistas económicas e sociais e na defesa da soberania do seu país é partilhada pelos movimentos de trabalhadores por toda a Europa.


Texto original (em inglês)

*Solidarity with the Greek working class*

*Joint statement
Communist Party of Ireland
Communist Party of Britain*


18 February 2010


The Communist Party of Ireland and the Communist Party of Britain express our solidarity with the Greek working class, PAME (the All-Workers Militant Front) and the Communist Party of Greece in their struggle to defend the social and economic gains of Greek workers.

The Greek working class in now in the front line of the struggle to resist the anti-people policies being dictated by the European Union, imposed by the PASOK government, and supported by New Democracy and all sections of the Greek bourgeoisie, combining to make the people pay for the crisis of the system.

We condemn the scaremongering and bullying by PASOK and by the European Union and its institutions as they attempt to impose savage cuts in public spending, forcing the shedding of thousands of public-sector jobs and demanding cuts in welfare and pension rights. We reject the concept of “shared blame” for the crisis and “shared responsibility” for overcoming it presented by the European Union and by the governments of all the member-states as well as their ideological voices in their mass media.

Irish workers have experienced similar such bullying and scaremongering by the European Union, both to force through the second vote on the Lisbon Treaty and in its demands for the imposition of massive cuts in public spending in the last budget presented by the Irish Government. British workers will also be facing the prospect of swingeing cuts in public spending and possible pay cuts.

The European Union is attempting to solve the crisis of monopoly capitalism in the interests of the monopolies by attacking the rights and conditions of workers. The role that the European Union is playing confirms our view that this bloc and its institutions are anti-democratic, anti-worker, and anti-people.

We call upon the Irish and British labour and trade union movements and all progressive forces to express their solidarity with the Greek working class at this crucial time with messages of support and other acts of solidarity. The struggle of the Greek people to defend their social and economic gains and to defend the sovereignty of their country is one shared by workers’ movements across Europe

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