sexta-feira, 29 de abril de 2011

Maio maduro Maio



O mês de Maio deste ano começa sob a sombra escura de uma ingerência, que sob a forma de "ajuda" institui um processo de agiotagem sobre o nosso povo, procurando retirar ao nosso país o que lhe resta de sobrerania.



Após terem imposto a destruição do tecido produtivo nacional, deixando o país extremamente vulnerável perante as economias estrangeiras, depois de todas as formas de chantagem com o fim de liberalizar os despedimentos -chantagem essa que foi sabujamente seguida pelos nossos governos - e que foi apresentada durante anos como reforma das leis laborais, depois de terem logrado obter os cortes nas regalias sociais, como hospitais, escolas, maternidades, cuidados psiquiátricos, colocando à venda inúmeras estruturas do estado, como os quarteis, os próprios edifícios hospitalares, tribunais, etc, tudo chamado de racionalização de custos, mas uma acionalização que nunca chega aos altos cargos de administração ou às suas regalias e sinecuras obtidas a expensas do erário público. Impõem agora cortes nas pensões e salários, mas não às duas e três reformas que auferem, e menos ainda a questionar que dinheiros públicos sejam utilizados para salvar bancos privados, quando os mesmos fundos nunca podem ser disponibilizados para atender a situações como o saneamento de empresas públicas depois de anos de gestões que mais do que deveriam ser consideradas de danosas.



O repúdio por estas políticas e acções, a demonstração que são necessárias outras políticas que passam por soluções tão básicas como a renegociação da dívida, coisa que curiosamente é defendida pelo canal Bloomberg, insuspeitíssimo de simpatias socialistas.



É necessário que o Primeiro de Maio seja um canal de todas as lutas pelos direitos e pelas regalias sociais e laborais, seja uma jornada de luta que deixe irreversível a vontade de uma política de esquerda que corte radicalmente com a pútrida situação tecida ao longo dos últimos 35 anos, e que ponha os interesses do nosso povo acima dos interesses do capital intre e extra fronteiras, Que estejamos todos juntos desde o Martim-Moniz à Alameda Dom Afonso Henriques para mostrar a nossa determinada vontade.

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