terça-feira, 12 de abril de 2011

Enquanto humanidade à conquista do espaço


A celebração do voo da Vostok-1 na qual o cosmonauta Yuri Gagarin se tornou no primeiro ser humano no espaço, acaba por ser muito mais do isso. É de facto encontrar-mo-nos perante o facto de ter sido a existência do sistema socialista e a da URSS que acabou por tornar possível esse grande feito da humanidade que é conquista do espaço. Não que os EUA não tenham grandes feitos e realizações nesta área, nem que os seus astronautas não fossem, nem sejam, homens e mulheres de coragem e determinação, e quem diz os EUA diz outros países que vêm enviando homens e mulheres para viagens e estações orbitais. Mas se não fosse a existência da União Soviética e do Socialismo, a aventura espacial ter-se-ia reduzido ao que é hoje, actos vergados ao sabor dos interesses lucrativos e portanto sujeito apenas às acções corriqueiras se que a humanidade se tenha aventurado mais além do ponto em que se encontrava à altura do fim desta experiência de organização humana.


A época em que Gagarine, foi para o espaço a questão de custos obviamente que se punha, mas não se punha a questão de qual o ganho final monetário e sim os ganhos para a humanidade com a conquista espacial.


Hoje ninguém tem a menor dúvida que só a existência de recursos exploráveis em outros planetas levará as agências espaciais a investir em programas para arribar a esses planetas. Aquilo que seria hoje já uma realidade, como a chegada a Marte, caso o socialismo tivesse permanecido como a forma de organização social de uma vasta parte da humanidade, muito provavelmente só se virá a concretizar daqui a vinte ou trinta anos.


Nenhum outro país investiu num modo de propulação que viesse a permitir essa viagem excepto a URSS - O foguetão Saturno dos EUA, que permitira a alunagem e poderia ter vindo a sofrer alterações que lhe permitissem algo semelhante em relação a Marte, encontrava-se já desmantelado por motivos económicos - Somente o complexo Energia-Buran, ou a utilização do Energia apenas como foguete, permitia ter essa meta à vista de uma forma realista


A história provou já que os avanços da humanidade não são e não podem ser atingidos se norteados pela mera opção contabilistica. Donde não podemos, contrariamente ao que esperámos - enquanto género humano - há 50 anos atrás, alcançar novos mundos e enriquecer-mo-nos de conhecimento e experiências, desvendando mais um pouco do Universo em que vivemos.


A celebração do feito de um homem é a celebração do nosso feito enquanto seres humanos. Não pode ser desligado das condições objectivas que lhe permitiram alcançae esse feito.

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