segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Por quem os sinos dobram?

Notícias terríveis não podem deixar de nos fazer pensar. Os actos terríveis tem de nos fazer agir. O que nos fazem fazer as incurias terríveis?
Dois acidentes mancharam este último fim de semana. O primeiro envolvendo o atropelamento de várias pessoas, muito perto da parte central e mais nobre da cidade de Lisboa, com resultado na morte de duas delas. Em cenas que lembrariam um cenário de guerra ou terror.
É verdade que se deveu à actuação de uma condutora que desrespeitou todas as regras, mas será que isso teria acontecido se tivessem sido tomadas medidas de defesa da circulação do peão, para mais num local de intenso trafego pedonal e automóvel. Poderá isentar-se a CML por não ter pugnado por garantir um atravessamento desnivelado de qualidade na zona? em vez de junto ao Terreiro do Paço, obrigando os peões a deslocações até às passagens em lugar de as colocar nos locais mais convenientes à sua circulação?
Vivemos numa cidade subordinada ao trânsito automóvel em que as vítimas são os cidadãos, que por motivos económicos, não podem andar munidos com essas armaduras metálicas que se convencionou serem a montra da modernidade. Ou seja quem é pobre é sempre uma vítima possível.
Ou quando se é criança, como aconteceu no Lago do Alto do Lumiar. Como pode a CML manter espaços sem cuidados? Quem é responsável último? As responsabilidades não podem ficar por atribuir ou um dia o exército de vitimas que criármos hoje nos pedirá de alguma forma contas.

1 comentário:

Sobreda disse...

Caro Carlos,
A notícia sobre o acidente no lago do Parque Urbano da Alta de Lisboa vou logo denunciado nos artigos http://cdulumiar.blogs.sapo.pt/152878.html e http://osverdesemlisboa.blogspot.com/2007/11/alta-de-lisboa-sem-lago-vigiado.html
Um abraço verde.