Amanhã, dia 26, é o aniversário do Assalto ao Quartel da Moncada com que se marca o início da Revolução Cubana. A celebração deste acontecemento tem um alcance muito superior ao que imediatamente se associa aos desenvolvimentos da Revolução e reverbera, não só nos anos de Socialismo Cubano, mas em todo o desenvolvimento da história da última metade do século XX, e na causa da libertação da América latina em relação aos ditames dos EUA, que se iniciaram com a Guerra do México, consolidando-se mais tarde com a Guerra Hispano-Americana e com a Doutrina Monroe.
Não podemos esquecer como os EUA se procuraram apossar dos recursos destes países, recorrendo à força se necessário. Apoiando e instigando nacionalismos e guerras, sempre que isso era do seu interesse: Entre a Bolivia e o Brasil, entre o Brasil e Paraguai, entre o Chile e a Bolivia, entre o Peru e o Equador, para mencionar apenas as principais; A independência do Panamá face à Colombia, por forma a garantir a construção do canal do mesmo nome; Mais recentemente com a intervenção agentes, ou directamente das suas tropas, de que são exemplos paradigmáticos o derrube do Governo Arbenz, na Guatemala, o golpe de Pinochet no Chile, que culminou com o assassinato do Presidente Allende e as atrocidades contra os militantes e simpatizantes da esquerda (facto aliás lugar comum em todos estes processos da Argentina à Colombia onde prosseguem ainda), o golpe militar contra o Governo Goulart, no Brasil, ou a ainda historicamente recente invasão de Grenada e derrube do Governo Bishop, para não falar da continua desestabilização dos Governos que colocavam os interesses dos seus cidadãos acima dos interesses dos EUA, como na Nicaragua sandinista, ou com a ainda recente tentativa de golpe na Venezuela, em que se maquinava a substituição de um governo eleito, por outro mais de acordo às vontades de quem detem o real poder em Washington.
Assim o acto libertador da Moncada, e o resultado alguns anos depois da libertação de Cuba face aos interesses do capital Norte-americano, simbolizam que é possivel lutar face a forças muito mais possantes, e que por vezes se conseguem abrir brechas nessas estruturas, minando o sistema.
Não quer dizer que depois de Cuba se tenham posto cobro às actividades levadas a cabo contra os interesses dos povos. Aliás muitos dos acontecimentos apontados acima são bem posteriores ao triunfo do Movimento do 26 de Julho em Havana, com Playa Giron (Baía dos Porcos) e o Boicote económico sobejamente conhecido, pelo caminho. Mas, no que representou de inspiração de luta e resistência por todas as Américas e não só, foi um golpe duríssimo para os objectivos do Capital internacional. Graças a uma capacidade tenaz e de um espírito de solidariedade profundamente revolucionário, foi possível por termo ao colonialismo, especialmente ao português (aquele que mais resistiu), ao Apartheid na África do Sul e na Rodésia, resistir contra o Governo de Mobuto no Zaire e, abrir as tais veredas por onde acabará por passar o homem do futuro, tal como nas palavras do último discurso de Salvador Allende.
Acabará por passar, mas só a luta garante a abertura desses caminhos, e toda a luta começa com um acto libertador, que no caso cubano foi a Moncada. Bebamos então, como diz o Canto dos Operários, à independência do Mundo.
Com o fim da orientação economicista que ditava a supressão de uma carruagem nas composições da linha Verde do Metropolitano. Enquanto não tivessem lugar as necessárias obras para a introdução das seis carruagens, seria expectável que voltassem a circular quatro carruagens! Mas continuam 3!!! Porquê?????
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