segunda-feira, 9 de maio de 2022

Contra a mentira!

Hoje é o dia da Vitória. Faz anos hoje que a Bandeira soviética flutuou sobre a ruínas do Reichstag e ficou completa a debacle do Nazi-fascismo. Por mais voltas que queiram dar ao texto as memórias e os simbolos perduram nas histórias, nas mentes, nas lembranças, nas fotos, no sofrimento de muitos povos expostos à mais sanguinária ideologia alicerçada na ideia que existem homens e raças superiores, destinadas a ser senhores, e outras destinadas à escravatura ou à pura e simples destruição física e cultural.
Igual à bandeira vermelha a fita negra e laranja (fita de São Jorge) simbolo de resistência nos países soviéticos sob ocupação hitelariana, e que coloco na foto, foi celebrada e glorificada como sinal do triunfo dos povos sobre o nazi-fascismo.
Li que hoje na Cidade de Mariupol, pela primeira vez desde 2014, foi possível desfraldar esta fita e se celebrou também pela primeira vez desde essa data a capitulação das forças do Eixo na Europa.
O Governo Ucraniano fala hoje de fascismo russo e afirma que Putin e a Russia se tentam apropriar do Dia da Vitória. Em relação a Putin pode até ser verdade, mas não deixa de ser também verdade que se ele usa essa arma é porque os Governos Ucranianos desde o golpe de Maidan não só proibiram a celebração do dia da Vitória, como proibiram e criminalizaram os simbolos desta vitória, como a bandeira soviética e a fita de S. Jorge. Mas não fizeram só isso. Quando o Comité de Direitos Humanos da ONU propôs a condenação da glorificação do Nazismo e do Fascismo, o Governo Ucraniano votou contra.
Com estas acções o Governo Ucraniano que hoje chama os outros de fascistas foi, na realidade, o primeiro a vestir a pele do lobo.
A intervenção russa não se pode justificar, porque ainda que tenha sido grande o sofrimento das populações do Donbass, o sofrimento dos comunistas ucranianos, dos sindicalistas e outros militantes de esquerda, nunca os comunistas defenderam a intervenção de um país estrangeiro, defendendo que cabe ao povo desse país lutar internamente contra o regime levando-o a uma implacável derrota. Donde não seria intervindo militarmente que eficazmente se defenderia no futuro o direito dos povos da Ucrânia à paz, à liberdade e à democracia. Mas também não podem os comunistas deixar de sentir uma profunda repulsa pelas autoridades golpistas deste país, pelas suas políticas e especialmente por prosseguirem dentro e fora da Ucrânia as suas tentativas de reverter a história e garantir ao nazi-fascismo uma aceitação social e capacidade de reorganização para perseguir e eliminar, num futuro não tão distante, aqueles que se oponham aos seus objectivos de supermacia racial, cultural e linguística, que também serve bem ao capitalismo que os protegeu, nutriu, e acalentou, desde o fim da guerra com vista ao futuro.
Hoje não é possível ver celebrações da vitória sobre o nazismo em Kiev, em Lvov, em Kharcov. Não é possível aí desfraldar a bandeira vermelha, da foice e martelo com a estrela vermelha de cinco pontas, não é possível desfraldar a fita laranja e preta, nem usar as palavras que ilustram a foto e que garantem que ninguém ficará no esquecimento. Mas é possível gritar as palavras de Stepan Bandera, aliado de Hitler e hoje herói nacional proclamado pelo presente governo, desfraldar suásticas, sois negros das SS entre outra parafernália nazi.
Esperemos que a Paz chegue, mas que com ela venha também a erradicação desse flagelo da humanidade que é o nazi-fascismo.
Os que caíram não estão nem serão esquecidos. Não terão caído em vão a caminho de Berlim. Não terão caído em vão na libertação dos campos de extermínio, não terão caído em vão no cerco ao bunker onde se escondiam Hitler, Goebels e outros dos piores elementos do regime, nem terão caído em vão quando justiçaram Bandera em Frankfurt onde se havia refugiado.
Fascismo... Nunca mais!

Sem comentários: