quinta-feira, 22 de março de 2007

EPULices

Pois é! Após meses de anda e desanda á volta de um relatório sobre a EPUL. Depois de coisas tão lamentáveis como a dissimulação da condição de arguido de um Vereador. Depois de toda as promessas que tem feito. A maoiria na Câmara de Lisboa quer convencer-nos que pagou 110 mil euros por um caderninho de 26 páginas, com mais outro tanto (ou mais) de anexos.

Não sei por raça de mentecaptos nos toma a maioria, mas certamente ninguém espera que alguém com dois dedos de testa vá aceitar semelhante dislate. Apresentar à laia de Relatório um elencar de sugestões políticas, não fundamentadas, é no mínimo deselegante para não dizer mais. Querer fazer crer que isto é um documento de restruturação de uma empresa como a EPUL, com problemas sérios de há anos a esta parte, seria hilariante se não fosse lamentável.

Um Relatório de restruturação de empresas, caso o Sr. Presidente não saiba, e o estejam a tomar por tolo, é um documento em fases, com um diagnóstico, uma análise financeira, de quadros, a definição de objectivos e de estratégias para os cumprir. Sem isso não vale nada.

Se existem esses documentos, e só a sua existência justifica o dinheiro pago, então que sejam discutidos com seriedade e empenho. Se não existem então, sinceramente, esta gestão é tão incapaz que mais vale porem os pés ao caminho e irem dar a volta ao bilhar grande.

Carlos Moura

Sem comentários: