"Embora os liberais chamem essa tendência da " recaída da consciência autoritária" e explicam-na pelo efeito do envelhecimento da população — o facto é que em 2011, 60% dos entrevistados na Rússia por vários sociólogos lamentam o colapso da União Soviética. E ainda mais, um em cada cinco russos gostaria de viver na URSS reestabelecida." in Pravda.ru
Com estas palavras o que fica claro, aqui como em outros países socialistas, é que apesar de não terem conseguido identificar e defender o enorme património político e social que o Socialismo representava, os povos não estão satisfeitos com a experiencia capitalista que foi feita e com mais empenho uns que outros, mas sempre com simpatia, aspiram ao retorno a muitas das regalias que possuiam numa sociedade que não era orientada pelos valores do dinheiro e da subjugação dos direitos aos interesses económicos.
Durante muitos anos, mais de metade do século XX, os meios de comunicação ocidentais, bem como todas as enormes máquinas publicitárias colocadas ao serviço dessa perspectiva, procuraram convencer-nos, a nós que viviamos no chamado mundo capitalista, mas igualmente e com maior veemencia e investimento económico aos habitantes dos países socialistas, que havia modalidades de "sociedade mais suave" dentro do capitalismo, de que as sociedades escandinavas eram o culminar, e no qual, sem luta de classes, sem necessidades de reivindicação, sem tomada de poder pelas classes trabalhadoras, com a amizade e colaboração do próprio capital, se atingia o bem estar para todos e a justiça com um grau de liberdade que não podia ser atingido no socialismo, dado o seu carácter ditatorial e opressivo.
A verdade é que, não estando transcorridas três décadas do desaparecimento do mundo socialista, os direitos, regalias sociais, as chamadas liberdades individuais, e até os direitos a coisas tão básicas como a saúde, a educação, os transportes e, até um bem tão essencial à vida como a água, são postos em causa nas sociedades que tão abertas e colaborativas se mostravam.
A resposta da humanidade, muitas vezes desorganizada e não conseguindo ainda destrinçar a enorme rede de desinformação e mentira que lhes foi tolhendo os movimentos, é resistir, enfrentar, e para aqueles que conheceram já outras reslidades conseguir reverter os processos que os foram coartando dos seus direitos.
O espectro que Marx e Engels afirmaram assolar a Europa, contrariamente ao que pretendiam fazer crer não se esfumou, assola, e assolará sempre a Europa e o Mundo, enquanto não for fundada sobre as ruinas deste sistema uma sociedade mais justa. Vamos lutar por ela. Vamos lutar pelos nossos direitos. Dia 24 somos nós todos chamados a defender a dignidade da nossa vida, somos todos chamados à adesão à Greve Geral.
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