A recordação do início da IIª Guerra Mundial, sobre a qual passam, neste primeiro de Setembro, 70 anos, com a agressão à Polónia das tropas Nazi-fascistas alemãs, foi pretexto para, na generalidade da imprensa ocidental, se propagar uma panóplia de mentiras e mistificações, com as quais se pretende rescrever a história colocando as vítimas no lugar dos agressores, suprimindo as responsabilidades destes e dos chamados aliados ocidentais em todo o processo.
Como se já não bastasse tudo o que significou a hipocrisia da política de não intervenção, levada a cabo pela Grã-Bretanha e a França, durante a Guerra Civil Espanhola, que permitiu o auxílio continuado do Fascismo Português, Italiano e do Nazismo Alemão a Franco, e com isso a alteração da correlação de forças que abriu caminho à Guerra Mundial. Escamoteia-se que foi a continuada recusa dos Governos de Laval e Chamberlain aos apelos da URSS visando uma aliança que isolasse o Nazi-fascismo, que condicionou o pacto de não agressão firmado.
As pesquisas nos vários arquivos históricos confirmam, e estão mesmo publicadas, que os enviados soviéticos esperaram em vão uma resposta dos aliados ocidentais, deixando à União Soviética o único remédio possível, um pacto de não agressão com a Alemanha Nazi, que lhe permitisse ganhar tempo suficiente para enfrentar uma guerra que já nada poderia impedir.
Contrariamente ao que hoje se tem tentado dizer, o pacto Ribbentrop-Molotov não tinha como objectivo uma partilha de zonas de influência na Europa, com o desaparecimento da Polónia e de outros estados, mas a garantia que um ataque à URSS seria sempre retardado pela necessidade de ultrapassar uma primeira linha de defesa.
Fosse de outro modo, seria muito mais proveitoso para os soviéticos garantir o controlo da Finlândia, de partes da Noruega, da Dobruja com a sua produção petrolífera e mesmo o controlo do Bósforo, que permitiria uma fácil saída ao Mediterrâneo para a frota soviética. Mas nada disto se encontra neste pacto.
O que a República Francesa e o Reino Unido tentaram na altura foi livrar-se da União Soviética e assim do Comunismo, recusando uma aliança e assim forçando um enfrentamento desta com a Alemanha nazi em situação de completo isolamento. Qualquer coisa como empurrar alguém, que se encontra na beira do precipício, para o abismo. Só que tal não aconteceu à custa de um sacrifico significativo que foi esse pacto de não agressão. Hoje todo o ocidente e partes importantes das novas autoridades russas tentam reinventando a história obter idêntico resultado,
Assim o que lembramos hoje é a agressão Nazi-fascista à Polónia e ao Mundo, que não ficou por aí, uma vez que já se havia dado a anexação da Áustria e da região dos sudetas, território checoslovaco, coisa que não preocupou minimamente os estados ocidentais que, inclusive, assinaram acordos de cavalheiros, o tratado de Munique, aliás grandemente publicitado por Chamberlain à chegada a Londres.
Está mais do que clara a hipocrisia, está mais do que clara a tentativa de reescrever a história e ludibriar os povos.
19º Aniversário
Há 3 meses
1 comentário:
A traição à Espanha republicana, os campos de " refugiados espanhóis " em França, com guardas senegaleses à boa maneira dos marroquinos de Franco, nós não esquecemos a verdadeira História. Bem podem tentar reinventá-la que a verdade virá sempre ao de cima. Se hoje existem agradeçam-no à URSS que esmagou a besta nazi/fascista
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