sábado, 26 de novembro de 2016

Qué Viva Fidel!!!


Acordamos hoje com a notícia da morte do Comandante Fidel. Não que já há algum tempo não a esperássemos, mas causa sempre um impacto quando um vulto maior na luta desaparece fisicamente.
Já li os comentários ignorantes, daqueles que o que conhecem é pelos meios de comunicação e mal. Ignoro-os o quanto mostram de ignorância e pesporrencia eles mesmos.
Quem compara os niveis de ilitracia, do acesso à saúde, à educação, ao desporto. Quem compara a importância dada ao reconhecimento do trabalho, especialmente o mais duro e sacrificado, de antes e depois da revolução cubana não pode ter dúvidas do que falamos.
Quem compara a ajuda e cooperação que o Governo de Cuba e o seu povo deram solidariamente aos povos em luta pela liberdade e dignidade no mundo, não pode ter dúvidas.
Há problemas na habitação, na distribuição, ninguém o nega, nem ninguém nega que a revolução é um processo que não está acabado com facilidade e especialmente quando é acossado militar e economicamente pelos mais poderosos, e no caso de Cuba mesmo ali ao lado, fomentando os interesses daqueles que antes da revolução eram "os donos daquilo tudo".
Apesar do bloqueio, de Playa Girón, dos atentados contra a produção agrícola, do financiamento e encorajamento ilegal a grupusculos internos de dispersão de propaganda, Fidel e agora Raul souberam ir agindo no interesse do povo cubano e dos povos na senda da dignidade e do progresso para todos.
Assim nesta hora derradeira em que nos despedimos de um homem que aprendemos a admirar, respeitar e agmar, podemos afirmar bem alto que os seus ensinamentos permanecem, os seus pensamentos seguem bem vivos o seu legado é já imorredoiro. Como podemos dizer então que morreu? Que viva Fidel!

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

O Abismo


Em 1979 numa noite de uma terça-feira de Novembro, cuja data não posso precisar, um comentador de televisão dizia a propósito das eleições presidenciais norte-americanas que decorriam, que "se com Carter a América marca passo, com Reagan cai no abismo".
Poder-se-ia reproduzir hoje esse comentário trocando apenas os nomes da noite eleitoral dos EUA e aplicar-se-ia na totalidade.
As políticas de Clinton ou de Trump não divergem no essencial, a protecção do capital e seus interesses e nem o patrocínio de George Soros a um e de Rupert Murdoch a outro permitiram que se escamoteasse essa verdade que "temos por auto-evidente".
Porém a postura de um e outro, o conhecimento de um e de outro do mundo à sua volta, o traquejo de um e a boçalidade de outro não deixam dúvidas sobre a actuação de nenhum deles aos comandos da nação americana.
A derrota de Clinton, se de facto assim pode ser chamada com mais 140.00 votos que o seu rival (e pensar no escabeche que por aqui foi montado pelo facto do partido que conseguiu formar governo ter tido menos votos que o que não o conseguiu) radica não só na sua atitude dúplice em relação aos trabalhadores e ao capital, mas também dos incumprimentos das mudanças prometidos pela administração Obama. As fábricas do "Rustbelt" com a sua indústria aimutomóvel à cabeça, continuaram a fechar, as cidades a falir, poliição a aumentar, os desalojamentos levados a cabo pelos Bancos a proliferar e, no plano externo, todas as tarefas a que Obama aludiu, como o Estado Palestiniano, o entendimento cordial com Cuba, o fim da prisão de Guantanamo, , continuam por realizar.
A incapacidade de cumprir estes desejos foi em grande medida o que militou contra Clinton, cuja mensagem é talvez mais articulada que Trump mas de compreensão mais complexa.
Não tenho duvidas que a animosidade de Trump aos imigrantes, aos muçulmanos, às mulheres, é real e bastante precupante e indicia um crescendo da violência e arbitrariedade em relação aos outros países e povos. Já para não falar dos conflitos internos. Um louco com o poder bélico na mão é um risco intolerável.
Mesmo perdendo no voto popular e é por isso que o sistema eleitoral é arcaico e viciado, a vitória de Trump nas condições em que se dá é uma arma virada contra o povo e os povos.
Com Clinton, mesmo muito má, podia-se esperar mais um marcar passo, com Trump estamos perante um abismo imenso.