sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Sim, é possível



Com o ano eleitoral que estamos a viver de novo se colocam questões a que temos, enquanto cidadãos, enquanto intervenientes na cidade, enquanto eleitores, de dar as respostas adequadas. Observar a realidade, analisá-la, conhecê-la. Os orgãos de comunicação social têm feito um trabalho que se pode considerar longe de ser satisfatório no que diz respeito à informação. A projecção de algumas forças e individualidades, o silênciamento de outras, com o escamotear do seu trabalho, das suas propostas, das suas actividades, tem sido uma prática comum e extremamente injusta, que tem visado conscientemente distorcer o papel que cada força política tem desempenhado ao longo do mandato autárquico não só em Lisboa, mas de uma forma forma evidente aqui.

O cerco informativo montado obriga a que se encontrem novas formas de contacto, novas formas de informação, novas formas de esclarecimento, para que todos saibam com exactidão o que cada representante seu de facto faz para que a voz do cidadão não se perca nos meandros do poder.

Sim, é possível prestar uma informação rigorosa. Sim, é possível dar a conhecer o trabalho da CDU e dos seus eleitos. Sim, é possível romper o cerco que siatemáticamente nos tem sido movido no sentido de não nos permitir dar a conhecer o nosso trabalho.

A Coligação Democrática Unitária, sempre pautou o seu projecto autárquico pelo serviço abnegado às populações. Sempre pugnou para que os problemas sentidos no dia a dia pelas populações tivessem a resolução necessária a seu contento. Sempre trabalhou no sentido de procurar as melhores soluções para a melhoria da qualidade e das condições de vida dos cidadãos. É esse o objectivo do trabalho dos seus eleitos, na Câmara Municipal, Assembleia Municipal e nas Juntas e Assembleias de Freguesia.
O desempenho desse trabalho, envolve muito para além dos seus eleitos, todo um vasto conjunto de homens e mulheres que com o seu esforço e empenho desenvolvem todos os dias acções que permitem que a CDU esteja informada, conhecedora, e actuante em todas as áreas da Cidade e construa propostas e soluções para os mais variados problemas com que a Cidade se debate.

É com as populações, nos seus locais de residência e trabalho, que a CDU desenvolve a sua acção, escutando, conversando, trocando as mais variadas impressões sobre os mais diversos temas, para em conjunto traçar os rumos de uma Cidade melhor, mais humana e inclusiva, mais solidária e mais sustentável.

Por isso mais uma vez a CDU está na Rua, ouvindo e tomando notas, compartilhando preocupações e sugestões, analisando situações e empenhando o seu esforço na busca de soluções.

Por isso a CDU está na também na internet, procurando obter de todos os que o queiram, a sua opinião, sugestão, preocupação e até crítica. dando a conhecer o seu vasto trabalho e procurando conhecer melhor ainda a nossa Cidade, os seus cidadãos, os problemas que os afectam e as suas preocupações.

O trabalho da CDU é um trabalho construido colectivamente, com todos aqueles que a este projecto se queiram associar, com as suas diferenças, com as suas opiniões, com as suas características próprias individuais e colectivas que enriquecem este trabalho conjunto, para que possamos juntos dizer: Sim, é possível uma vida melhor em Lisboa.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Não nasce um novo mundo amanhã



Amanhã por esta hora já terá tomado posse o novo Presidente Norte-americano, este facto de indesmentível importância, dado o estado de desgraça da administração cessante e a grande esperança do povo norte-americano em encontrar novos rumos para a sua economia e o seu lugar no mundo, é relevante também pelo facto de pela primeira vez um homem de pele não branca ocupar a presidência do mais poderoso país do mundo.

O facto de ser Negro não pode no entanto representar mais do que um simbolo de que os EUA parecem ter superado parcialmente os estigmas que vinham da guerra cívil e que ainda há 40 anos anos estavam bem vivos na sociedade. Não quer isto dizer que devamos esperar milagres, ou seja não quer dizer que devamos esperar uma inflexão radical na política dos EUA que no plano interno, quer no plano externo.

A nova administração, sem dar muito nas vistas, já demonstrou pelas palavras do próprio Obama que a segurança de Israel é primordial na sua agenda, o que é dizer muita coisa na manutenção das ligações que estes países mantêm e que têm permitido ao Estado de Israel comportar-se na cena internacional como acima da lei.
Também em relação a Guantanamo as afirmações do tempo que demorará a encerrar este infame campo, não são de molde a deixar-nos tranquilos.

No campo interno as mensagens económicas também não são de molde a deixar eufóricos todos aqueles que pensam que outro mundo é possível. A procura de novas soluções dentro dos velhos sistemas e a intenção de resolver grande parte do problema através da poupança de recursos energéticos pode ser positiva, mas está longe de resolver problemas mais antigos e profundos, anteriores à actual crise internacional, como o direito à habitação ou à saúde de toda a população, e nestes pontos nem durante a Campanha nem hoje a Presidência Obama foi capaz de produzir algo de substancial.
No meio disto tudo, contudo, Barack Obama, já conseguiu uma importante vitória. O cessar fogo Israelita na Faixa de Gaza, na semana da sua tomada de posse permite-lhe ganhar tempo nesse área, mas permite também ao povo Palestiniano respirar um pouco de alivio antes de recomeçar a agressão de Isreal.

Gostariamos de poder influenciar a política norte-americana, mas por enquanto não temos força para isso e dúvido que por muito boas intenções que qualquer administração tivesse, esta ou outra, ela própria só muito dificilmente se conseguiria livrar da teia de interesses em que o capital há muito amarrou a política neste país. Mas pelo menos em relação ao conflito Israelo-Palestiniano podemos fazer sentir o nosso repúdio e com isso forçar os nossos governantes a, pelo menos exigirem alguma solução justa e equilibrada. Dia 24 de Janeiro (Sábado) vai haver uma manifestação às 14 e 30 no Largo de Camões, se não vais ver a tomada de posse de Obama (porque não estás lá) mas acreditas numa mudança, vem até ao Camões dia 24.

Um Mundo Novo não nascerá amanhã concerteza, mas podemos mudá-lo todos os dias, com a nossa força e a nossa luta.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Nota de última hora



Chegam-me notícias que as forças de defesa israelitas estão a utilizar bombas de fósforo branco contra a população da Faixa de Gaza. Este tipo de armas químicas provoca queimaduras terríveis ao entrar em contacto com o corpo, e por ser fósforo a humidade aumenta a reacção queimando os tecidos de fora para dentro, até a uma morte lenta e extrmamente dolorosa.

O exército Israelita já no Libano fizera uso destas armas de destruição maciça, pelo quue não é caso isolado. Utilizá-lo numa zona de alta densidade populacional como é Gaza (1,5 milhões de pessoas num espaço da dimensão, segundo alguns cálculos que me foram disponíveis) não é um acto nem de defesa, nem o atingir de qualquer objectivo militar. É um acto que pode ser classificado de genocídio, equiparando-se aos actos mais hediondos praticados pelo regime nazi sobre Judeus (bem como outros grupos etnicos ou políticos).

Estes procedimentos têm de ser condenados inequivocamente, e posto imediato termo às hostilidades. Urge que se levante a voz e se tome posição.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

O que não há em Gaza



Desde antes do Ano Novo que a Aviação Israelita vinha bombardeando a Faixa de Gaza a pretexto de defender as populações de Sederot e Asquelon. Esta postura escondia que tinha sido o próprio Estado de Israel a quebrar o ténue compromisso com o Hamas, ao assassinar dirigentes seus, antes mesmo dos Rockets disparados contra as cidades de Israel.

Fazer o mal e a caramunha retira ao Estado de Israel todo o direito de afirmar que se defende, porque só se defende quem é agredido, e Israel tem ao longo dos anos procedido como instrumento de agressão, quer com a destruição de bens dos palestinianos, quer com a própria invasão e colonização de território árabe.



Não vou estar aqui a fazer as alegações de tudo o que se tem passado, mas a verdade é que até hoje Israel ocupa e tenta legitimar a posse dos Golã Sírios, e que vai autorizando a expansão de velhos e novos colonatos por forma a garantir que nunca venha a existir uma Palestina viável, além de recortar o território a seu bel-prazer à força de um Muro que nem sequer respeita as fronteiras internacionalmente traçadas, ou mesmo as linhas de armistício de 67.



Se o Hamas hoje existe é porque Israel em determinado momento estimulou o seu crescimento de forma a fragilizar a OLP enquanto força representativa dos Palestinianos, procurando desta forma atingir a balcanização da Plestina, o que aliás logrou fazer.

Logo se Israel hoje se queixa, é sem qualquer razão, e só poderá ter legitimidade para o fazer quando a Palestina existir fruto de negociações sérias, que incluam jerusalem Leste, a retirada total da Cisjordania, o direito de retorno ao Estado Palestiniano de todos os refugiados, o desmantelamento de todos os Colonatos, e a retirada dos Montes Golã. Nesse momento Israel terá todo o direito de viver em Paz com a segurança das suas populações garantidas e respeitadas. Até lá não.

Aliás será por fim bom recordar que se hoje Rockets caem sobre os israelitas de Asquelon e Sederot, aquando da fundação do estado de Israel foram as populações que hoje habitam em Gaza, as que destas cidades tiveram que fugir perante as armas do Estado judaico. Para quem tanto fala que os outros os querem jogar ao mar, seria bom analizarem as suas próprias acções, só que estes senhores parecem esquecer uma das principais máximas talmudicas, que manda observar os nossos actos antes de criticar os outros.



O que não há em Gaza, é o direito do povo Palestiniano viver em PAZ, e esse só poderá existir em Israel quando existir na Palestina. Até porque qualquer povo tem direito à sua independência e a viver em Paz no seu território.